F-Yeah!

não esperem elogios a alguém aqui. eu não faço isso... Pelo contrario, esperem coisas que variam da critica construtiva, ao insulto direto, passando pela mera reclamação... E sejam bem vindos

domingo, 23 de setembro de 2007

Desprezo pela ciência e fanatismo mistíco : De volta a idade média

Durante os ultímos meses tenho percebido uma intensa rejeição a produção de conhecimento científico, demontrada atravéz de fóruns de internet e comentários em sites de notícias. Essa rejeição é inevitavelmente acompanhada de misticismo e/ou de total falta de conhecimento científico. Não é raro ver-se comentários religiosos a respeito de notícias de astronomia, ou que se culpem os paleontólogos pela miséria na África, como se o dinheiro usado nessas pesquisas fosse retirado do que seria usado para consertar a África.
Não consigo ver isso como nada além de uma regressão, culpar a ciência por todos os males do mundo, e falar em "julgamento divino" me soa como algo digno da inquisição, e a ignorância aumenta quando surgem insultos contra astronomos, paleontólogos, geólogos e especialistas em robótica porque eles "eles deveriam se ocupar tentando descubrir a cura pra AIDS ou tentando acabar com a fome no mundo". Será que falta ao brasileiro a capacidade para entender que isso não é da responsabilidade dessas classes profissionais? Ou eles realmente acham que todos os cientistas são médicos-biólogos-sociólogos-economistas?
Insultar os astronomos porque eles não descobrem a cura para o câncer é como insultar o psiquiatra porque ele não sabe fazer uma cirurgia de ponte de safena; é ignorância. Mas quando a se passa a fazer ameaças falando em "julgamento divino", na "fúria de Allah" ou o cúmulo, nas "forças da mãe natureza", alegando que os cientistas são "arrogantes" e que "querem rebaixar a glória da obra do senhor", "desrespeitam os espíritos da natureza" ou "violam as leis divinas", isso passa a ser fundamentalismo e pregação da ignorância.
Não parecem perceber que não cabe a todos os cientistas resolver os problemas da sociedade ou curar doenças, e muito menos que a religião e o misticismo deveriam ficar longe da ciência. A cada um cabe o seu trabalho. E querer coibir a ação dos cientistas com base na religião é, sem nenhuma dúvida, voltar ao tempo da caça as bruxas.
E o pior é ver que existem aqueles que crêem piamente que os cientistas estão empenhados em destruir a religião. Não são capazes de aceitar pensamento diferente? Depois vem dizer que a ciência nunca fez nada de bom, ignorando os avanços da medicina, sociologia, física, eletrônica, todas areas que mudaram radicalmente a sociedade.
Também culpam a ciência por ser incapaz de responder perguntas metafísicas como "qual o sentido da vida", "o que vem depois da morte", "da onde viemos". Como se a ciência algum dia tivesse proposto responder perguntas que jamais couberam a ela. Não cabe a ciência as questões metafísicas ou espirituais, a isso cabe a filosofia e a religião, respectivamente, assim como não cabe a religião e a filosofia falar sobre o espaço, a biologia, ou o aspecto físico da terra.
Culpam os cientistas pelo caos no mundo, mas não percebem que são questões economicas e, principalmente, religiosos que são responsáveis pela maior parte das guerras que assolam o mundo. Mas ao invés disso querem culpar os astronômos, filósofos e Darwin por isso. Se cuidassem apenas da sua área o mundo certamente seria um lugar melhor.
É extremamente respeitável a posição daqueles religiosos que se abstêm de debates científicos, e ainda melhor a daqueles que apoiam tais debates e pesquisas. Mas é deplorável a atitude daqueles que tentam incriminar a ciência como um todo. Assim como é repreensivel a atitude daqueles ateus que tentam destruir a religião, não é por que sou ateu que eu vou defende-los. Mas é preciso compreender que essa atitude infeliz é uma resposta ao tratamento que os ateus e a ciência receberam da religião ao longo de toda história.
E que entedam que ética e moral não dependem de religião. Paz

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Zum recusa pagamento e insulta cliente

O designer Luiz Eduardo Leal foi vítima de desrespeito como consumidor por parte do Bar Zum Schlauch, ao ser impedido de pagar a sua conta com cheque, nesse dia 8. Leal foi ao estabelecimento junto com a namorada (que não quis ser identificada), a fim de comer hackpetter(sp?). Chegando no estabelecimento foi informado de um couvert de 10 reais, mas nada que disesse que não podia pagar a conta com cheque. Porém, quando foi pagar, não aceitaram o mesmo. Ao exigir explicações, alegando que não havia nenhuma indicação de que a casa não aceitava cheques, um garçom lhe apresentou um flyer antigo e amassado, este sim explicitando que o recinto não aceita cheques, porém indicando um couvert de apenas 3 reais. Após essa confusão, um dos donos do estabelecimento continuava se recusando a aceitar o cheque, e cobrava o couvert de 10 reais, apesar de tentar explicar as regras da casa com um flyer que indicava um valor de 3 reais. Tanto o garçom, quanto o proprietário foram extramente insultosos, diz Leal, não aceitando a forma de pagamento apresentada pelo consumidor, esse no total direito de pagar a conta na maneira que lhe conviesse. O valor da conta? 66 reais e 45 centavos.
O designer pretende buscar seus direitos frente aos orgão de defesa do consumidor ou por outros meios legais

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Quem é o "louco" nisso?

Como todos já sabem, a área de saúde é uma das áreas mais negligênciadas na política Brasileira; investir em saúde virou sinonimo de construir hospitais gigantes, e criar postos de saúde sem ninguém para trabalhar neles. E dentre toda a área de saúde, a que mais se ignora são os portadores de distúrbios psiquiátricos; Estima-se que, em um dado momento, pouco mais de um décimo da população estará sofrendo de algum disturbio psiquiátrico, e que cerca de 40% da população terá algum distúrbio de origem psiquíca em algum ponto de sua vida, e que 20% dos portadores de distúrbiso psiquátricos sofrem de distúrbios considerados "graves". Porém é ínfima a presença de psicólogos em postos de sáude, e são poucos os planos de saúde que custeam tratamento psiquiátrico.
Não se ve sequer uma campanha de conscientização, enquanto os ricos e a classe média é capaz de pagar por si só um psiquiatra, ou tem um plano de saúde que pague isso, os pobres não podem confiar no SUS para isso, e mesmo que o SUS custeasse o tratamento, a imagem de que psiquiatra é médico de "louco" é tão enraizada na população que a maioria das pessoas não iria atrás de um. E mesmo entre os ricos e abastados, o precoceito existe; enquanto depressão é um problema do qual as pessoas tem pena, e existem vários grupos dedicados a ajudar aos portadores do distúrbio, os esquizofrênicos costumam ser vistos como um motivo de vergonha, algo que tem que ser escondido, enquanto bipolares são vistos como "fingidos", entre as classes mais baixas é pior; A falta quase que total de informação a respeito, junto com a falta de médicos que entendam do assunto, e ocasionalmente figuras religiosas passando informação erronêa, não é a toa que a boa parte dos pobres esquizofrênicos ou bipolares acaba virando mendigo.
A disponibilização de tratamento psicológico e psiquiátrico em postos de saúde, mesmo que básicos, ajudaria a resolver vários problemas das comunidades pobres, mas infelizmente, ao invés de investir REALMENTE em saúde, o nosso "querido" governo prefere gastar com obras faraônicas, que muito provavelmente nunca irão funcionar por completo, e deixar os viciados, esquizofrênicos, bipolares, paranóicos, hiperativos, etc, largados a própria sorte... Nem ao menos fazer alguma campanha de conscientização a respeito fazem... Aí, quando algum "maluco" surta e machuca alguém, é o cara que é "biruta"... Ele teria culpa? Claro, mas também tem culpa a família e o governo que o largaram a própria sorte... Especialmente o governo, que nada fez para convencer a família e os amigos de que ele precisava ir a um médico, não "ao pastor", e não de "uma surra pra aprender o que é bom"... Soa como preconceito? Talvez, mas são duas coisas que eu já ouvi a respeito de doentes psiquiátricos...
Enquanto o governo não ajudar nos tratamentos psiquiátricos, e não houverem esforços para se conscientizar a população de que doença psiquiátrica não é infecciosa (outra coisa que eu já houvi), que esquizofrênico não morde (normalmente), e que o tratamento psiquiátrico normalmente é a melhor opção quanto ao "problema", o Brasil vai continuar tendo uma grande classe de pessoas sendo tratadas como sub humanos. E chega a ser revoltante como existem tantas ONGs quanto a depressão, autismo, e a sindrome de Down, mas praticamente nenhuma quanto aos esquizofrênicos, paranóicos e outras psicóses, e nenhuma para prestar apoio aos Bipolares... Por acaso eles não são humanos?